Glândula uropigiana das aves domésticas, exóticas e silvestre




glândula uropigiana é uma glândula holócrina bilobulada, lisa, uniformemente corada e contendo material cremoso amarelado, localizada dorsalmente a cloaca no final do pigostilo, que se abre para o exterior por um orifício direcionado caudalmente sendo frequentemente circundada por um tufo de plumas. Alterações da estrutura, como perda de penas ou de coloração, já podem ser consideradas anormalidades. E’ bem desenvolvida em algumas espécies como canários, e ausente em muitos columbiformes, papagaios Sul Americanos, e outros psitaciformes. Sua função é a manutenção de plumas, nas espécies que possuem a glândula.


Sua secreção é distribuída sobre as penas pela própria ave, e possui função impermeabilizadora das penas, suprimem crescimento de microorganismos, possui precursores de vitamina D3, que serão ativados após serem espalhados sobre as penas e sofrerem irradiação UV, e então serão ingeridos na forma ativa. A irradiação pode tanto ser natural quanto artificial, desde que apropriada. O mecanismo de conversão em aves que não possuam a glândula ainda não foi bem definido. Em aves que recebem dieta rica em gordura, a secreção da glândula é mais rica em lipídios com derivados de queratina, o que irá realçar a cor e o brilho das penas.


Para promover a impermeabilização, há também ação de queratinócitos, que liberam lipídios e se combinam com o óleo secretado pela glândula, formando uma fina camada depositada sobre as plumas, mantendo uma umidade satisfatória e elasticidade. Pode-se dizer que patologias severas e generalizadas de plumas, associadas a doenças sistêmicas, resultam de um funcionamento anormal de queratinócitos.

Há pigmentos amarelos ou vermelhos derivados da glândula uropigiana que são espalhados sobre as penas, que ficam brilhantes até que esse pigmento desapareça devido oxidação proveniente da exposição ao ar e luz. Aves saudáveis mantêm a pigmentação brilhante com a nova secreção sintetizada e espalhada.

Anormalidades da glândula uropigiaana incluem neoplasias, abscessos e compactação, sendo que um diagnóstico presuntivo pode ser baseado em cultura microbiológica, citologia de exudato, e aspirado ou biópsia.

Outra neoplasia que acomete glândula uropigial é adenoma (ou adenocarcinoma). Sua ocorrência é esporádica, acometendo muitos canários. No exame físico nota-se a glândula aumentada, ulcerada e hemorrágica. Deve ser distinguido de adenite, normalmente com exame histopatológico.

Pode haver infecção por patógenos como papilomavírus, diagnosticado histologicamente por crescimento proliferativo originado da pele que recobre a glândula. Outros patógenos que podem infectar são Aspergillus e Candida.

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